O MITO DE ÉDIPO
REI
A
distinção entre deuses e semideuses se dava através do fato de que os deuses
eram imortais e provenientes da geração divina. Já os semideuses eram fruto da
relação de um deus com uma mortal e não tinham a imortalidade.
Um
mito clássico na História da Filosofia é o da tragédia[1] Édipo rei, que
posteriormente, no século XIX, foi utilizado por Freud para falar do amor dos
filhos para com os pais durante a infância . A história é seguinte:
Laío,
rei da cidade de Tebas e casado com Jocasta, foi advertido pelo oráculo[2]
de que não poderia gerar filhos e, se esse mandamento fosse desobedecido, o
mesmo seria morto pelo próprio filho, que se casaria com a mãe.
O
rei de Tebas não acreditou e teve um filho com Jocasta. Depois arrependeu -se
do que havia feito e abandonou a criança numa montanha com os tornozelos
furados para que ela morresse.A ferida que ficou no pé do menino é que deu
origem ao no me Édipo, que significa pés inchados. O menino não morreu e foi
encontrado por alguns pastores, que o levaram a Polibo , o rei de Corinto, este
que o criou como filho legítimo. Já adulto, Édipo também foi até o oráculo de
Delfos para saber o seu destino. O oráculo disse que o seu destino era matar o
pai e se casar com a mãe. Espantado, ele deixou Corinto e foi em direção a Tebas.
No meio do caminho, encontrou com Láio que pediu para que ele abrisse caminho para
passar. Édipo não atendeu ao pedido do rei e lutou com ele até matá-lo.
Sem
saber que havia matado o próprio pai, Édipo prosseguiu sua viagem para Tebas.
No caminho, encontrou-se com a Esfinge, um monstro metade leão, metade mulher,
que atormentava o povo tebano, pois lançava enigmas e devorava quem não os
decifrasse. O enigma proposto pela esfinge era o seguinte: Qual é o animal que
de manhã tem quatro pés, dois ao meio dia e três à tarde? Ele disse que era o
homem, pois na manhã da vida (infância) engatinha com pés e mãos, ao meio-dia
(idade adulta) anda sobre dois pés e à tarde (velhice) precisa das duas pernas
e de uma bengala. A Esfinge ficou furiosa por ter sido decifrada e se matou.
O
povo de Tebas saudou Édipo como seu novo rei, e entregou –lhe Jocasta como
esposa. Depois disso, uma violenta peste atingiu a cidade e Édipo foi consultar
o oráculo, que respondeu que a peste não teria fim enquanto o assassino de Laio
não fosse castigado. Ao longo das investigações, a verdade foi esclarecida e
Édipo cegou-se e Jocasta enforcou-se.
O COMPLEXO DE ÉDIPO
No
século XIX, Sigmund Freud fez uma reinterpretarão do mito de Édipo, denominada
como o Complexo de Édipo. Segundo Freud, o Complexo de Édipo é um conjunto de
desejos amorosos e hostis, que uma criança experimenta em relação aos seus
pais. Em sua forma positiva, o complexo é semelhante à história do mito, ou
seja, desejo da morte do rival que é a pessoa do mesmo sexo e desejo sexual
pela personagem do sexo oposto. Em sua forma negativa, apresenta-se de forma
inversa, ou seja, raiva do sexo oposto e amor pelo mesmo sexo.
De
acordo com o pensamento freudiano, o Complexo de Édipo é vivido entre os três e
os cinco anos e desempenha um papel fundamental na estruturação da
personalidade e na orientação do desejo humano. Ele ainda ressalta a
influênciado comportamento dos pais na vida da criança.
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